Atualmente, na prevenção primária da doença cardiovascular, a decisão de indicar o uso de estatinas  (remédio para colesterol) é baseada na estimativa ou estratificação do risco de eventos CV para um período de 10 anos de seguimento.

Nesse contexto, os indivíduos mais jovens e sob alto risco de eventos não se encontram contemplados pelos escores de predição para o tratamento com estatinas. Intervenções mais precoces poderiam  diminuir a progressão do processo aterosclerótico, antes das complicações  dessa condição clínica.

Recentemente alguns pesquisadores, usando um modelo para avaliar os benefícios para 30 anos, selecionaram indivíduos para o uso de estatinas. Os dados coletados são do registro americano NHANES (2009-2014).

Foi avaliada uma amostra de 1.688 indivíduos com idades entre 40 e 60 anos de idade, sem doença aterosclerótica CV ou diabetes, com níveis de LDL-C abaixo de 190 mg/dL e que não usavam estatinas.

Para cada um dos participantes foram calculados o risco de doença aterosclerótica CV (DACV) para 10 anos e a redução do risco absoluto (RRA) para 10 e 30 anos de DACV.

Os resultados demonstraram uma porcentagem muito maior de indivíduos com indicação de estatina quando foi avaliado o risco para 30 anos. Os autores concluíram que estimar o risco de eventos para 30 anos pode otimizar a prevenção primária da doença aterosclerotica.

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